sexta-feira, 13 de abril de 2012

MAN LA dá partida ao parque de fornecedores


Uma das principais preocupações da MAN Latin America em 2011 era abrir espaço na fábrica de Resende, RJ, para atender ao vertiginoso crescimento das vendas de veículos comerciais. A resposta a essa questão, que já vinha sendo equacionada, chega agora com o lançamento da pedra fundamental das novas instalações da Meritor e Suspensys no Parque de Fornecedores, que logo terá também a parceria da Maxion.

Apesar do recuo nas vendas de caminhões, que diminuiu o ritmo nas linhas de montagem, a decisão é avançar na implantação do parque, ao lado da fábrica, para que o diretor de produção e logística Adilson Dezoto possa reorganizar a manufatura dentro dos princípios lean que caracterizaram a operação desde o início e abrir mais espaço para a produção também dos caminhões pesados da marca MAN.

Informações antecipadas por Automotive Business, e confirmadas por Roberto Cortes, CEO, durante o III Fórum da Indústria Automobilística, indicam que haverá necessidade, em futuro próximo, de estruturar na fábrica outra linha de montagem para veículos leves, que estão sendo desenvolvidos na Alemanha, com a participação de mais de duas centenas de profissionais brasileiros.

RECEITA DE R$ 1 BILHÃO

A cerimônia que deu partida ao parque de fornecedores, em terreno do Polo Industrial da região, na quarta-feira, 11, levou a Resende o presidente mundial da Meritor, Chip McClure; David Abramo Randon, presidente da Randon, Silvio Barros, diretor geral da Meritor para a América do Sul; Timothy Bowes, presidente mundial da divisão de caminhões Meritor; e Erino Tonon, vice-presidente de operações da Randon.

Antes do lançamento da pedra fundamental, os representantes das duas empresas foram recebidos no escritório de São Paulo para uma análise sobre a evolução do projeto inicial, que terá aporte de R$ 85 milhões e deve trazer uma receita de R$ 1 bilhão às duas parceiras. “O Parque de Fornecedores se soma a nosso investimento de R$ 1 bilhão entre 2012 e 2016 para ampliarmos as operações no País. Além disso, estamos construindo no Sul Fluminense o futuro Centro Logístico de Vendas da montadora”, destacou Cortes.

Meritor, Suspensys e Maxion contratarão 700 pessoas para as novas operações e ficarão mais próximas da fábrica, facilitando o processo de pré-montagem, logística e distribuição de peças para a linha de montagem dos caminhões e ônibus Volkswagen e dos extrapesados da marca MAN. As duas primeiras já participam do processo de montagem interno da montadora no Consórcio Modular.

As empresas do novo polo trabalharão em dois turnos de produção. A Maxion será responsável pela montagem completa e fechamento de quadros de chassis; a Meritor cuidará da montagem completa de eixos com cubos, freios e tambores para incorporação nos veículos; e a Suspensys, joint venture entre Meritor e Randon, terá responsabilidade na usinagem e montagem de cubos, tambores, freios e submontagem dos kits de suspensão.

A MAN Latin America lidera há nove anos as vendas de caminhões acima de 5,5 toneladas de peso bruto total no País e reivindica o título de maior fabricante e exportadora desses produtos. A fábrica de Resende já completou 15 anos e a empresa gerencia uma segunda linha de montagem em Querétaro, no México. A empresa fornece kits de montagem brasileiros para caminhões Constellation, com direção do lado direito, para o mercado sul-africano. 

Mais informações →

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Automec explica evolução para Proconve P7


Em palestra na Automec Pesados e Comerciais (Anhembi, São Paulo, 10 a 14 de abril), o engenheiro Luso Ventura, diretor da consultoria Engenharia da Mobilidade, esclareceu a evolução na legislação de emissões no País para Proconve P7, equivalente a Euro 5, que trouxe mudanças significativas no powertrain de caminhões e ônibus produzidos desde 1º de janeiro para comercialização no mercado doméstico. As novas regras, em vigor desde primeiro de janeiro, reduzem significativamente as emissões de óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado, prejudiciais à saúde.

Há duas novas tecnologias para tratamento de emissões: SCR (Seletive Catalitic Reduction), para veículos maiores e que percorrem longas distâncias; e o EGR (Exhaust Gases Recirculation), para veículos menores e de aplicação urbana.

Segundo Ventura, o SCR é mais utilizado na Europa e trata-se de um sistema instalado em caminhões que faz a limpeza dos gases do escapamento injetando uma dosagem de ARLA 32 (solução de 32% de uréia em água mineralizada), que não é poluente nem agride o meio ambiente. Cada tanque de ARLA tem cerca de 50 litros do produto e é preciso um abastecimento periódico.

Já o EGR é o sistema que compete com o SCR e também faz o tratamento dos gases, porém de maneira diferente: além de ser montado fora do motor, ele funciona retirando o gás do escapamento e jogando em uma câmara de resfriamento dentro do veículo, o que também reduz os níveis de NOx e MP emitidos.

Além dos novos sistemas de tratamento de gases necessários para atender as exigências do Proconve P7, outra novidade incorporada aos veículos é o sistema de diagnóstico de falhas OBD (On-Board Diagnostic), que monitora o desempenho dos sistemas e aponta falhas no suprimento de Arla 32 (como a falta do produto ou má qualidade).

Luso destacou que os veículos fabricados dentro da nova legislação não devem rodar utilizando outro combustível que não seja o diesel S50, com 50 partes de enxofre por milhão.

ABASTECIMENTO

Na mudança da legislação para P7 havia o temor de não haver diesel S50 nos postos de combustível ou Arla 32. O suprimento tem avançado, enquanto exista uma frota muito pequena de caminhões P7 para aquisição do produto, que tem vida limitada em razão da degradação do biodiesel que contém. “Agora temos combustível. Onde estão os caminhões?”, questiona Ricardo Hashimoto, diretor da Fecombustíveis.

A NTC & Logística alerta que o Arla 32 tem sido comercializado por preços bastante diferentes, variando na faixa de pouco mais de três reais a nove reais. O valor é menor quando o produto é adquirido em concessionárias ou postos de serviço de fabricantes de caminhões ou motores.

“Aqui no Brasil, o custo do ARLA ainda é bastante volátil, mas na Europa é praticamente igual ao Diesel. Com as adequações corretas, a gente espera que isso aconteça aqui no País”, complementou Luso Martorano Ventura.

VALOR AGREGADO

De acordo com o consultor, a sétima etapa do Proconve traz melhorias significativas na redução de emissões por veículos pesados, porém o custo é maior que dos veículos da fase anterior do Proconve. A variação do preço do ARLA, por exemplo, é um dos fatores que elevam custos.

Os fabricantes dos veículos, no entanto, asseguram que os veículos P7 são 6% a 8% mais econômicos no consumo de combustível que a geração anterior (P5), emitem menos gases tóxicos e agregam uma série de novas tecnologias, oferecendo maior conectividade e sistemas de diagnóstico e segurança mais avançados. 

Mais informações →

terça-feira, 10 de abril de 2012

Caminhões: retomada nas vendas ocorrerá no 2º semestre



O III Fórum da Indústria Automobilística, realizado nesta segunda-feira, 9, no Golden Hall do WTC, em São Paulo (SP), teve grande espaço dedicado aos veículos comerciais. O segmento de pesados passa por momento complicado no mercado nacional. A falta de políticas e ações de incentivo por parte do governo para a compra de caminhões menos poluentes e o grande volume produzido de modelos Euro 3 no fim do ano passado, hoje encalhados nas concessionárias por conta da pequena antecipação de compras, já começam a tirar o sono dos fabricantes instalados por aqui.

Durante o painel Cenários para Veículos Comerciais, executivos do setor até tentaram minimizar as dificuldades, atribuindo a retração do primeiro trimestre à desinformação por parte dos frotistas quanto aos benefícios da motorização Euro 5, ao fraco desempenho econômico do País e ao achatamento dos fretes. “A partir de junho, com a efetivação da redução da taxa do Finame, deveremos ter uma retomada e o mercado deverá fechar com baixa de apenas 12% ante o excelente 2011”, projeta o diretor de vendas e marketing da Iveco, Alcides Cavalcanti.

Na visão do diretor de vendas, marketing e pós-vendas da Man Latin America, Ricardo Alouche, o momento não é de crise, mas de transição. “Nosso programa de produção está normal e será mantido. Os cortes que deveriam ser feitos foram realizados no ano passado e não temos planos de parar a produção”, afirma. O executivo acredita que com o fim dos estoques, hoje beirando 30 dias de venda, o consumidor voltará a comprar. Em alguns fabricantes, vale ressaltar, os estoques chegam aos 60 dias.

Para o assistente técnico da NTC, Antônio Lauro Valdivia Neto, a elevação do custo operacional em torno de 6% com modelos Euro 5, as variações de preços do Arla 32 e a desinformação dos médios e pequenos frotistas são os principais motivos da baixa. “O alto preço cobrado pelo Arla 32 em alguns locais assusta os transportadores”, afirma. Por outro lado, o diesel S50 vem sendo vendido dentro dos padrões, apenas R$ 0,05 mais caro do que o diesel tradicional. De acordo com o Valdivia Neto, incentivos fiscais para a aquisição do combustível deverão aumentar a distribuição do S50, já que os donos de postos se sentirão mais confiantes para a compra do produto que, até então, tem baixíssima saída pelo baixo volume de modelos Euro 5 na praça.

Enquanto a situação para os pesados se mantém complicada, para os leves o panorama é mais tranquilo. “O mercado de caminhões leves cresce de forma sustentável por conta das restrições de circulação impostas para os modelos pesados. Acredito que neste segmento a transição será suave e não deverá ser percebida”, aposta Cavalcanti, uma vez que os modelos da marca para tal segmento são dotados da tecnologia EGR.

VOTAÇÃO

Durante o painel, os participantes da plateia apresentaram suas opiniões por votação eletrônica. Na visão de 41,1% deles, o mercado de caminhões em 2012 deverá recuar entre 10% e 15% em comparação ao ano anterior. Sobre a evolução nas vendas de modelos P7, 40,2% acreditam que ela será fraca até o meio do ano. Entre estes, 39,8% apostam que a retomada virá com o fim dos estoques de modelos Euro 3. A votação foi concluída com pergunta sobre a falta de planejamento na transição para a fase P7, em que 62,5% dos presentes atribuíram as dificuldades atuais à falta de uma política de incentivo, uma espécie de Finame Verde, para a aquisição dos modelos Euro 5.




Mais informações →
Postagens mais recentes Postagens mais antigas Página inicial

Facebook

Casa do Caminhão

Auto Peças Marcelo

Visitas

Total de visualizações