sexta-feira, 6 de março de 2015

Caminhoneiros catarinenses deixam Brasília e retornam ao Estado

Os caminhoneiros catarinenses que foram até Brasília para participar da mobilizações em prol da redução dos combustíveis e melhoria das condições para a categoria estão voltando para casa.
O grupo saiu de Maravilha, no Oeste, no último sábado e chegou nos arredores da capital federal na segunda-feira. Na saída de Brasília, na manhã desta quinta-feira, houve um buzinaço. Uma escolta policial acompanhou a saída dos caminhoneiros.

Um dos catarinenses de Maravilha que está no movimento Sildo Enck agradeceu o apoio recebido da população.

-Nós, caminhoneiros, não queremos arruaça, confusão, queremos o direito de nos manifestarmos no nosso local de trabalho, que são as rodovias. E, no dia 15 de março, estaremos de volta se o governo não nos atender- afirmou Sildo.|

No dia em que a carreata chegou a Brasília, na segunda, a presidente Dilma Rousseff sancionou a chamada Lei dos Caminhoneiros. Depois o grupo se concentrou no estádio Mané Garrincha, enquanto negociava a pauta com apoio de alguns parlamentares.

Na terça-feira, em Santa Catarina, a Polícia Rodoviária Federal desbloqueou todas as rodovias, na terça-feira.

Na quarta-feira os representantes do movimento conseguiram um audiência com o ministro da Secretaria-Geral de Presidência, Miguel Rossetto. Ficou agendada uma nova reunião para o dia 10 de março para a discussão dos preços dos fretes, uma das reinvindicações da categoria.

Os manifestantes ameaçam voltar às rodovias se não forem atendidas as reivindicações.

Diário Catarinense
Mais informações →

segunda-feira, 2 de março de 2015

Brasil e México negociam inclusão de veículo pesado em acordo

Brasil e México exploram a possibilidade de incluir, no acordo automotivo entre os dois países, o segmento de veículos pesados (caminhões e ônibus) a partir de 2017. Hoje, apenas automóveis são beneficiados pela isenção nas tarifas de importação. As negociações serão retomadas hoje, na Cidade do México, ainda sem solução clara para um impasse.
O México insiste no livre comércio para o setor automotivo. Em 2012, após rápido crescimento nos embarques de carros mexicanos ao Brasil, a presidente Dilma Rousseff determinou a introdução de cotas para reduzir o déficit no comércio bilateral.

No último dos três anos de vigência das cotas, que se encerra dia 18 de março, as montadoras mexicanas têm permissão para mandar ao mercado brasileiro até US$ 1,6 bilhão livres de alíquotas de importação. O que excede esse valor paga 35% de tarifa.

Uma das hipóteses cogitadas pelos dois lados é incluir os veículos pesados no acordo, a partir de 1º de janeiro de 2017, a fim de equilibrar mais o fluxo comercial. Em tese, devido ao parque instalado no país, isso tende a beneficiar o Brasil. Fontes brasileiras alegam que a crise na economia americana tem provocado uma “invasão” de caminhões usados dos EUA no mercado mexicano, a preços muito baixos, contra os quais não haveria condições de competir.

Por outro lado, há dúvidas no ganho real de uma eventual inclusão dos ônibus no acordo. A brasileira Marcopolo já tem uma unidade de produção no México e exportar ônibus “made in Brazil” sem tarifas para aquele mercado só acentuaria uma concorrência com ela mesma. “É uma questão que precisa ser muito bem avaliada”, diz uma fonte que acompanha de perto o assunto.

Diante de todas essas incertezas, a segunda rodada de reuniões pode terminar novamente sem acordo entre os dois países. A primeira reunião ocorreu em Brasília, na sexta-feira passada, mas servia basicamente para medir a temperatura e definir as posições de ambos os lados.

O governo brasileiro rejeita o livre comércio e quer estender a vigência das cotas por pelo menos dois ou três anos – idealmente, trabalhasse com o prazo de cinco anos, a fim de dar “previsibilidade” ao comércio. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, já havia defendido publicamente esse prazo. O governo não quer o aumento das cotas.

Valor Econômico
Mais informações →

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Líder de caminhoneiros ataca governo e descarta proposta

O caminhoneiro Ivar Schmidt é o principal porta-voz do Comando Nacional do Transporte, uma entidade que tem causado dor de cabeça tanto ao governo quanto aos sindicatos que deveriam representar a categoria. Líder do movimento que paralisa estradas em todo o país, ele conversou com a reportagem do site VEJA na noite desta quarta-feira. Minutos antes, Ivar havia deixado uma reunião infrutífera com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, que tomou a frente das negociações sobre o tema.

A audiência só ocorreu por insistência de Ivar. Durante o dia, Rossetto priorizara o diálogo com os sindicatos de caminhoneiros – embora a paralisação tenha sido articulada sem a participação de entidades de classe. O diálogo entre os representantes regionais do movimento se dá por meio das redes sociais e principalmente pelo aplicativo de celular Whatsapp, que permite a troca instantânea de mensagens. Foi por meio do programa que, na noite desta quarta-feira, Ivar orientou os colegas a manterem o bloqueio. Confira a entrevista:

Como foi a reunião com o ministro Miguel Rossetto? 
Desde ontem o pessoal do governo tenta me desqualificar como representante do movimento. Hoje a gente participou da reunião, o governo expôs alguns absurdos e no meio dessa reunião tentaram me desqualificar novamente. Eu me retirei da reunião, porque a gente não concorda com aquilo que foi exposto. Aí me levaram para outra sala, falamos com o Robinson Almeida, do gabinete do ministro, e ele expôs as mesmas ideias.

Ele disse que não reconhecia a sua liderança? 
Isso.

O que o senhor achou da proposta do governo?
Isso é um absurdo. Nós estamos com lucro zero, aí o governo nos propõe de ficar tendo lucro zero mais seis meses. Eu acho que eles não regulam certo da cabeça. Devem estar com problema. Infelizmente não teve acordo, nós não aceitamos a proposta.

Quantos são os pontos de bloqueio hoje?
São 128 pontos de bloqueio, em nove estados.

O senhor tem influência sobre quantos desses pontos? 
Cerca de cem. Eu acho que hoje deve ter aumentado, porque a gente criou um grupo de Whatsapp para todos os líderes e eles foram adicionando outros colegas.

Esse episódio mostra que os sindicatos perderam o poder de representatividade?
Com certeza. O nosso movimento abomina sindicato, associação, federação, confederação. E esses segmentos tentaram nos representar nas últimas décadas e nunca resolveram nosso problemas. Então, a gente está aqui. Vou ficar em Brasília até resolver isso.

Há alguma reunião marcada para esta quinta-feira? 
O secretário do ministro ficou de nos telefonar para marcar uma reunião.

Qual foi o recado que o senhor passou aos colegas pelo Whatsapp depois do encontro com o ministro? 
O recado é claríssimo: o movimento continua.

Com informações de Veja
Mais informações →

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

VÍDEO: Caminhoneiros e PRF entram em confronto em SC

A desocupação na tarde desta terça-feira do km 504,4 da BR-282, em Xanxerê, marcou o momento mais tenso dos protestos dos caminhoneiros desde que a mobilização começou.

Cerca de 50 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram mobilizados na ação inicialmente pacífica, mas que terminou em correria e com a tropa de choque da PRF avançando contra os manifestantes.

O desbloqueio começou às 16h45min, quando a polícia chegou ao local e comunicou que os motoristas não poderiam mais ficar na rodovia federal. Após breve resistência, os caminhoneiros começaram a deixar a BR-282.

Eles tentaram ir para a rodovia estadual vizinha, a SC-480, mas foram inicialmente impedidos pela PRF, o que gerou revolta. As vias estaduais são responsabilidade da Polícia Militar Rodoviária, mas o inspetor-chefe da Comunicação da PRF em Santa Catarina, Luiz Graziano, diz que, como os manifestantes estavam saindo de uma estrada federal e tinham a intenção de bloquear o tráfego na outra via, a ação tem embasamento legal.

Por fim alguns veículos conseguiram entrar na SC-480 e foi a partir daí que a tensão atingiu o nível máximo. O advogado Avelino Bertolon, que representa algumas empresas e associações de Chapecó e tinha participado do protesto pela manhã, retornou ao local e convenceu os motoristas a prosseguirem com a manifestação.

Eles já estavam na SC-480 e decidiram ir até as margens da rodovia estadual, bem próximo da via federal. Ali, deitaram no chão, depois sentaram no asfalto e cantaram o Hino Nacional.

Em seguida, o advogado Bertolon foi chamado pelos agentes da PRF e questionado se ele seria um dos representantes do movimento. Aclamado líder na hora, de improviso, ele foi convocado para negociar com os agentes, mas acabou preso. Houve então pedradas contra as viaturas e pelo menos mais duas pessoas foram presas. A tropa de choque da PRF entrou em ação e avançou contra o protesto com bombas de gás e de efeito moral, dispersando boa parte do movimento.

Um momento emblemático foi quando um caminhoneiro, de aproximadamente 60 anos, subiu no próprio veículo e, aos prantos, gritou estar falido e não aguentar mais as condições e os custos de trabalhar. Ele entrou no caminhão e seguiu viagem, arrancando lágrimas e aplausos de dezenas de pessoas presentes na manifestação.

Por volta de 20h30min, o cenário já era tranquilo na região, sem pontos de bloqueio nas rodovias.


— Vamos fazer essa operação em todo o Estado para garantir a realização do movimento, mas também o direito dos caminhoneiros que queiram seguir viagem — afirmou o superintendente da PRF em Santa Catarina, inspetor Silvinei Vasques, sem precisar horários e locais das ações nos próximos dias.

Por todo o Estado, o movimento cresceu e só nas vias federais chegou a 24 pontos bloqueados, contra 18 na segunda-feira, além de outros 11 trechos interrompidos em SCs. No país, mais 10 estados registram protestos e interdições em rodovias estaduais e federais nesta terça.

Além dos problemas no trânsito, a mobilização também afeta outros setores que dependem essencialmente do transporte rodoviário. Em cidades como São José dos Cedros, Extremo-Oeste de SC, a população já sofre com diversos serviços paralisados pela falta de combustível que afeta cerca de 300 postos da região. Agricultores, também em protesto, jogaram leite na estrada porque com a paralisação não conseguem transportar o produto.

Na tentativa de resolver o impasse, o governo federal instala nesta quarta-feira uma mesa de negociações e diálogos com representantes dos caminhoneiros e das transportadoras. O objetivo é tentar solucionar os problemas decorrentes das manifestações. A redução do preço do óleo diesel, no entanto, não está em pauta, conforme informou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto.

Embora entenda que a pauta dos caminhoneiros é essencialmente federal, o governador Raimundo Colombo (PSD) tem se mantido em contato com Rossetto. O governo estadual também tem mantido contato com a PRF, que chegou a solicitar o apoio do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar para desobstrução de rodovias.

Web Rádio Cidade
VÍDEO POR DIÁRIO CATARINENSE
Mais informações →

Greve dos caminhoneiros pode derrubar o governo, diz o Senador Blairo Maggi

O empresário e senador Blairo Maggi (PR-MT), um dos maiores produtores de soja do mundo, alertou para as eventuais consequências de uma crise com os caminhoneiros, em discurso da tribuna da Casa. “Este é um assunto que derruba governo; este é um assunto que complica a vida de governo”, afirmou o parlamentar.

Para o senador da base aliada, o País passa por uma situação “econômica complicada”, porque recentes aumentos de preços nas áreas de energia, combustíveis e outras já mexeram no bolso do brasileiro. Segundo ele, a crise nas estradas agora pode mexer com o “estômago”. “Enfim, a coisa pode se complicar e não queremos que esse movimento comece a ser utilizado por vias e por meios políticos para atingir outros objetivos”, disse.

Os caminhoneiros reivindicam melhores pagamentos pelo transporte e uma redução no valor do diesel, o que ainda está em estudo pelo governo.

Para Blairo Maggi, a situação não está “muito complicada de resolver”, mas precisa ser resolvida, precisa ter posição. O senador defendeu o adiamento, em um ano, do pagamento de prestação de caminhões financiados pelos transportadores e ainda defendeu a aprovação integral da nova Lei dos Caminhoneiros, que, aprovada pelo Congresso, espera a sanção da presidente Dilma Rousseff.

R7
Mais informações →

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Caminhoneiros seguem com bloqueios em rodovias em 6 estados

Caminhoneiros realizam nesta terça-feira (24) mais um dia de protestos com bloqueios em rodovias em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em Goiás, a manifestação - motivada pelo alto preço dos combustíveis e valores dos fretes - foi encerrada na noite de segunda-feira (23).

Durante a madrugada, por volta da meia-noite, a categoria iniciou um protesto em São Paulo. Os caminhões ocuparam as faixas do sentido da capital paulista da Rodovia Presidente Dutra, na altura do km 210,5.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o bloqueio da pista durou 20 minutos. O congestionamento não chegou a 2 km e não houve incidentes. Manifestantes e representantes do Sindicato das Pequenas e Micro Empresas de Transporte e Logística de São Paulo e Regiões (Sinditrans-SP), porém, disseram que o congestionamento atingiu 8 km, até o pedágio de Arujá. O grupo informou ainda que policiais fotografaram placas dos veículos, cuja multa por participar de evento em rodovia sem autorização pode chegar a R$ 1.900,00.

Imagem da Dutra no início da madrugada desta terça-feira (24), após protesto de caminhoneiros (Foto: Kleyson Barbosa / G1)
Imagem da Dutra no início da madrugada desta terça-feira (24), após protesto de caminhoneiros (Foto: Kleyson Barbosa / G1)
Fred Sartori, de 38 anos, que transporta todo tipo de carga seca, foi o primeiro caminhoneiro a parar. “Na verdade, fizemos um primeiro choque para alertar. Uma vez que nossa classe está insatisfeita, queremos chamar a atenção da imprensa e dos governantes”, resumiu.

Segundo o assessor da presidência do Sinditrans-SP, Maurício Leme Nogueira, o protesto contou com a adesão de 600 caminhões. Ele informou que, após acordo com a PRF, uma das pistas foi liberada.

Nogueira informou ainda que a previsão é de nova paralisação. “Podem ficar atentos. A qualquer momento iremos parar uma outra rodovia”, afirmou.

Protestos em 7 estados
O protesto dos caminhoneiros que bloquearam rodovias do país devido à alta do preço dos combustíveis e aos valores dos fretes, considerados baixos pela categoria, foi ampliado ao longo da segunda-feira (23). Sete estados registraram pontos de lentidão e congestionamentos: GO, MG, MS, MT, PR, RS e SC.


Filas se formaram nos postos de combustível de Pato Branco (Foto: Dan Jaeger Vendruscolo)
A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou ações na Justiça Federal dos sete estados para que fosse determinada a liberação de rodovias bloqueadas. Nas ações, a AGU pediu  que a Justiça conceda liminar (decisão provisória) para que as estradas sejam desbloqueadas, e para que seja imposta uma multa de R$ 100 mil por cada hora em que a decisão for descumprida.

Os bloqueios já afetam o abastecimento em algumas regiões. No Paraná, cidades enfrentam falta de combustíveis, e a gasolina chegou a ser vendida a R$ 5 em Pato Branco. Na cidade também há registro de atrasos na entrega de medicamentos.

No mesmo estado, onde a paralisação começou no dia 13 de fevereiro, a BRF, que detém as marcas Sadia e Perdigão, anunciou na segunda-feira que parou a produção em duas fábricas por falta de aves e que isso afeta "todo o ciclo de produção, desde a produção de ração animal até a distribuição de seus produtos pelo país e exterior."

Em Santa Catarina, a distribuição do leite foi afetada por conta das manifestações e está 100% interrompida pela falta de transporte. A agroindústria Aurora Alimentos, que fica no Oeste do estado, disse que paralisaria suas atividades nesta terça  devido ao bloqueio do transporte de suas matérias-primas.

Em Minas Gerais, a Fiat teve a produção de veículos afetada, pois os componentes usados na montagem de veículos não foram entregues.

Em Mato Grosso, o óleo diesel também acabou em distribuidora no Norte do estado por causa dos bloqueios nas rodovias.

Perecíveis e cargas vivas
Na segunda-feira, caminhoneiros afirmaram ter liberado a passagem de transportadores de alimentos "perecíveis" e de "cargas vivas" (frango e boi, por exemplo) no trecho da BR-376 em Marialva, no norte do Paraná.

"Pedimos às empresas que tenham bom senso e não liberem os caminhões com cargas não perecíveis agora, para evitar confusão e colaborar com o movimento", disse Ademir Cavalaro, que participa das manifestações.

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que é uma das entidades que representam os caminhoneiros no país, divulgou nota dizendo que está "ciente das manifestações e bloqueios em rodovias federais e estaduais pelo país" e que "solicitou uma reunião com os ministérios para tratar das reivindicações, especialmente para tratar do aumento do combustível".

A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) disse não concordar com a mobilização dos caminhoneiros. “Os transportadores estão contabilizando prejuízos e pedem medidas urgentes do governo federal, no entanto não compactuam com o movimento dos caminhoneiros, pois bloquear vias não é a melhor maneira de protestar", afirmou o presidente da federação, Sérgio Malucelli.

MG
Em Minas Gerais, os caminhoneiros interditavam parcialmente na manhã desta terça-feira (24), segundo a PRF, a Rodovia Fernão Dias, em Igarapé, na Grande BH; em Oliveira, no Centro-Oeste; e em Perdões, no Sul.

Na segunda-feira, às 20h15, a Fernão Dias, principal ligação entre Minas Gerais e São Paulo, tinha 17 km de lentidão na região da Grande Belo Horizonte, no sentido São Paulo. Já quem trafegava em direção à capital mineira enfrentava 8 km de congestionamento.

"Nós não temos condições de pagar o óleo (diesel) a R$ 2,75. Nesses últimos três meses, o petróleo subindo, subindo e o frete lá embaixo", disse o caminhoneiro Juarez Ananias, que participa do protesto.

No início da noite, caminhoneiros começaram a protestar na BR-040, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, segundo a Polícia Rodoviária Federal. A manifestação ocorre na altura do km 558, no sentido Rio de Janeiro, e ainda não há informações sobre congestionamentos. Já em Contagem, o ato foi no sentido Sete Lagoas, altura do km 523. A PRF, às 20h15, não informava sobre interdições e congestionamentos no trecho.

O protesto desta segunda também afetou a produção de veículos na Fiat. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, em Betim, também na Região Metropolitana, funcionários do 2º e 3º turnos – tarde, noite e madrugada – da linha de produção foram dispensados. Ainda segundo a Fiat, por causa do ato de caminhoneiros, componentes usados na montagem de veículos não foram entregues.

Também havia pontos de interdição perto de Oliveira, na Região Centro-Oeste, e em Perdões e Santo Antônio do Amparo, ambas no Sul do estado. Nestas cidades, os bloqueios ocorrem desde a noite de domingo.

PR
No Paraná, 33 trechos de rodovias permaneciam bloqueados na noite de segunda entre as cidades de Cascavel, Curitiba e Guarapuava. Os manifestantes estavam impedindo os caminhões de passarem, mas liberavam os demais veículos, como carros de passeio e de emergência. Os protestos ocorrem desde o dia 13 no estado.

Por causa dos bloqueios, alguns postos de combustíveis do sudoeste e do oeste do Paraná já enfrentam desabastecimento e em alguns, que ainda tinham combustível, o litro da gasolina atingiu a casa dos R$ 5.

Há registro de atrasos na entrega de medicamentos e duas fábricas da BRF interromperam a produção de aves porque não estão conseguindo transportar os produtos nas cidades de Francisco Beltrão e Dois Vizinhos, no sudoeste.

Devido à manifestação, a prefeitura de Santo Antônio do Sudoeste, no sudoeste do estado, cancelou as aulas nas escolas municipais e interrompeu os serviços de limpeza na cidade.

Além de criticar os preços dos combustíveis, a categoria no Paraná pede a fixação do frete por quilômetro rodado e a carência de seis meses a um ano para os financiamento de veículos de carga, entre outras reivindicações.

SC
Em Santa Catarina, os protestos ocorrem desde quarta-feira (18). Na noite desta segunda, os caminhoneiros continuavam bloqueando 14 pontos em seis rodovias.

A Polícia Rodoviária Federal informou que vai enviar reforços aos locais, a fim de evitar abusos. "A nossa preocupação é porque ontem [domingo] houve alguns abusos. Houve bloqueios, ataques a caminhoneiros, acidentes, pessoas que ficaram presas", explicou o chefe da Comunicação da PRF, Luiz Graziano.

Os manifestantes pedem a queda no preço do diesel e melhores condições nas rodovias da região. Por causa dos bloqueios, o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindileito) alerta que a coleta de leite no estado pode ser 100% interrompida.

A agroindústria Aurora Alimentos afirmou que vai paralisar sua produção na terça-feira (24), já que "faltam insumos e embalagens nas Indústrias, combustíveis para a frota, espaço para armazenagem".

RS
No Rio Grande do Sul, 11 pontos de rodovias federais e outros nove pontos de rodovias estaduais estavam bloqueados na noite de segunda.

Alguns caminhoneiros colocaram fogo em pneus no acostamento da estrada. Eles criticam os valores dos combustíveis e dos pedágios e a tributação no transporte de cargas.

Veículos pesados estão sendo orientados a parar, mas a passagem é liberada para automóveis de passeio. As manifestações ocorrem de forma pacífica.

O maior frigorífico de suínos do estado afirmou que vai suspender o abate por falta de matérias-primas, e granjas ficaram sem ração para animais.

MT
Os caminhoneiros de Mato Grosso bloqueavam trechos das duas principais rodovias do estado, as BRs 163 e 364, por volta das 19h30. Eles tentam impedir, há quase uma semana, que os veículos de cargas façam o escoamento da produção agrícola.

Na manhã de segunda, havia cinco trechos de interdição, e o terminal ferroviário de Rondonópolis já registrava queda no número de descarregamentos, segundo a empresa que administra o local.

O sindicalista Wilson Júnior Samoro disse que houve queda de mais de 20% no valor do frete e, com o custo alto, os motoristas só estão trabalhando para cobrir as despesas.

Os caminhões com combustíveis seguem presos em bloqueios e, como consequência, o óleo diesel chegou a acabar em distribuidora no Norte do estado.

MS
Dois trechos da BR-163, em Dourados e em Fátima do Sul, Mato Grosso do Sul, ficaram bloqueados até o fim da tarde de segunda e foram liberados no começo da noite.

Na região de Fátima do Sul, o congestionamento totalizou cerca de 600 metros, considerando os dois sentidos da pista. Já na região de Dourados, houve um congestionamento de aproximadamente 2 km.

Segundo os policiais, a manifestação foi pacífica e não teve tumultos. No trecho, apenas carros, ônibus, ambulâncias e caminhões com cargas vivas eram autorizados a seguir viagem.

GO
Após sete horas de bloqueio, caminhoneiros liberaram o tráfego na BR-364, em Jataí, no sudoeste de Goiás, no inicio da noite.

A rodovia é uma das principais rotas de escoamento de grãos e liga Goiás a Mato Grosso. A manifestação reuniu cerca de 50 motoristas e, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), houve momentos tensos, pois alguns condutores, embora não tivessem escolha, eram obrigados a interromper a viagem.


Bloqueio parcial dos caminhoneiros causou lentidão no trânsito na BR-369, em Arapongas, no Paraná (Foto: Alberto D'Angele/RPC)
Fonte: G1
Mais informações →

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Cuiabá pode ter rodovias ‘fechadas’ por caminhoneiros; Protesto deve chegar a 10 cidades

Os protestos de caminhoneiros e empresários do ramo do transporte de cargas pode ter início nesta segunda-feira (23). Caso se confirme o manifesto deverá ser realizado na BR-163/364. Neste domingo (22) os manifestantes em Rondonópolis e Nova Mutum liberaram o trafego de veículos retomando ao fechamento da rodovia na segunda-feira pela manhã.

Caso os empresários e caminhoneiros em Cuiabá resolvam a aderir ao movimento contra o alto valor do preço do óleo diesel e ICMS, bem como baixo preço do frete, falta de infraestrutura das rodovias e da Lei dos Motoristas, somente em Mato Grosso subirá para 10 o número de cidades em protesto.

Neste sábado (21) a reportagem do Agro Olhar teve informações de que transportadores e motoristas de Alto Araguaia aderiram ao movimento.

Segundo informações dos manifestantes no Médio-Norte de Mato Grosso, o trafego de veículos foi liberado na noite de sábado para desafogar o volume de caminhões na pista e evitar transtornos.

Estão em manifesto Rondonópolis, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sorriso, Sinop, Tangará da Serra, Diamantino, Campo Novo dos Parecis e Alto Araguaia.

Os caminhões parados nas pistas nas cidades em protesto são os que já se encontravam em trânsito. De acordo com os manifestantes, eles têm deixado seus caminhões nas garagens das empresas ou estacionados em pátios de postos de combustíveis. A categoria pede, inclusive, que não se pegue ordem de carregamento para as cidades em protestos.

Comissão de estudo
Na tarde de sexta-feira (20) representantes do transporte de cargas de Mato Grosso e empresários do ramo reuniram-se em Cuiabá com o governador Pedro Taques e este estabeleceu que fosse criada uma comissão de estudo para avaliar uma possível redução do ICMS incidente no óleo diesel e demais combustíveis em Mato Grosso. A mesma comissão, formada pelo governo, por meio da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT), e o setor do transporte, irá ainda estudar a implantação de uma Lista de Preços Mínimos do Frete.

Olhar Direito
Mais informações →

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Câmara aprova revisão que aumenta horas extras da Lei do Motorista

Câmara dos Deputados concluiu no dia 11 a votação do Projeto de Lei Nº 4.246/12 que flexibiliza a Lei 12.619/12, conhecida no setor como Lei do Motorista. Entre as mudanças, a maior certamente é o aumento de horas extras que um motorista pode fazer, passando de duas para quatro.

Estas duas horas a mais, porém, deverão ser negociadas com o sindicato dos trabalhadores. O tempo obrigatório de descanso também teve alterações, passando de onze horas ininterruptas entre jornadas para a possibilidade de fracionar em oito horas ininterruptas e mais três que devem ser tiradas no mesmo dia.

O tempo de direção sem parada também teve alteração. Na Lei 12.619, o motorista deve dirigir por no máximo quatro horas. Com o novo projeto, esse tempo passa para cinco horas e meia. O intervalo de descanso de meia hora antes do retorno à direção também poderá ser fracionado.

O projeto altera regra sobre o tempo de espera que poderá ser observado durante o tempo da jornada, assegurando ao motorista o pagamento da jornada integral. Os pontos de parada e descanso do motorista nas rodovias recebeu no projeto regulamentação para sua implantação com prazos e responsabilidade do ministério do transporte na sua execução.

A penalidade para o motorista que descumprir os períodos de repouso passa de grave para média, embora permaneça a retenção do veículo para cumprimento do tempo de descanso. Entretanto, a penalidade será registrada como grave se o motorista cometeu outra infração igual nos últimos 12 meses.

Nas viagens de longa distância, com duração maior que sete dias, a proposta concede repouso semanal de 35 horas, contra as 36 horas atuais, permitindo seu fracionamento em dois e o acúmulo de até três períodos de repouso seguidos, que poderão ser usufruídos no retorno da viagem.

O projeto torna obrigatória a realização de exame toxicológico específico para substâncias psicoativas que causem dependência ou, comprovadamente, comprometam a capacidade de direção. Os motoristas terão até 90 dias para fazer o teste.

O Projeto de Lei seguirá para a sanção da Presidente da República, que terá quinze dias úteis a contar do seu recebimento, para sancionar, podendo vetá-lo integralmente ou em parte.

Brasil Caminhoneiro
Mais informações →

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Caminhoneiros passam madrugada na estrada e continuam protesto

Os caminhoneiros em protesto no trevo de São Miguel do Oeste, região Oeste catarinense, passaram a madrugada no local e seguem protestanto no início da manhã desta quinta-feira (19). Não há previsão de bloqueio de estradas, informou a polícia.

A manifestaçao é contra o aumento da gasolina e do frete e por melhores condições nas rodovias, segunto o integrante da mobilização Viomar Bonora. Os caminhoneiros começaram a parar os veículos por volta das 15h de quarta (18).

Segundo as Polícias Rodoviária Federal (PRF) e Militar Rodoviária (PMRv), os manifestantes passaram a madrugada na estrada e continuavam no local até as 7h30.

Eles estão no trevo de São Miguel do Oeste, no entroncamento entre a BR-282 e a BR-163. Cerca de 70 caminhões ocupam uma das faixas da rodovia, segundo a PRF. A PMRv fala em 100 a 120 veículos. Bonora afirma que há aproximadamente 200.

A PRF explicou que os veículos estacionados estão na BR-163. A rodovia tem duas faixas em cada sentido e os caminhões estão parados na faixa da direita, tanto na direção Norte quanto na Sul, aproximadamente entre os kms 65 e 67.

Veículos de passeio e ônibus passam normalmente. Caminhoneiros que não levam cargas perecíveis são convidados a participar do protesto, segundo a PRF e a PMRv.

As polícias afirmam que não há previsão de bloqueio da rodovia ou do fim da manifestação. Bonora diz que os caminhoneiros devem entregar, a partir das 7h30, panfletos com informações.

G1
Mais informações →

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

MAN reforça sistema de partida em rampa de seus caminhões e ônibus

A MAN Latin America, fabricante dos caminhões e ônibus Volkswagen, reforçou a segurança de seu sistema auxiliar de partida em rampa, conhecido como EasyStart. Destinado aos veículos automatizados V-Tronic, o novo dispositivo permite travar os freios dianteiros e traseiros do veículo por até três segundos em rampa. Basta que a função esteja habilitada por meio de um botão específico.

Atrelado à caixa de câmbio, o sistema garante que, mesmo com o pedal de freio desacionado, o caminhão ou ônibus se mantenha estável em aclives durante esse período, enquanto o condutor faz a movimentação necessária ao controle da partida com o acelerador. Com isso, o veículo parte em rampa de modo seguro sem o risco de descer e causar um acidente.

“O diferencial do sistema de série exclusivo da MAN, em relação aos demais no mercado, se deve à utilização de componentes do próprio sistema ABS, já disponíveis no veículo”, afirma Rodrigo Chaves, diretor de Engenharia da MAN Latin America.

Isso torna o sistema dos modelos Volkswagen mais simples, pois não requer a manutenção de válvulas, pressostatos e outras tecnologias adicionais muito utilizadas na indústria para chegar ao mesmo resultado. O objetivo é garantir sempre ao cliente a melhor relação custo-benefício, seguindo a lógica “Menos você não quer, mais você não precisa”.

Em sua primeira versão, o EasyStart atuava no freio dianteiro. Agora se estende ao traseiro. “O resultado comprova o esforço da MAN Latin America em, continuamente, incrementar seus produtos e serviços oferecidos aos clientes”, explica Rodrigo.

Frota & Cia
Mais informações →

Governo aproveita o carnaval e aumenta o preço dos combustíveis novamente


Aproveitando o clima de carnaval que tomou conta do país desde o último sábado (14), o governo determinou um novo reajuste nos preços dos combustíveis nos 26 estados brasileiros incluindo o Distrito Federal.

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) publicou no Diário Oficial da União do dia 10 de fevereiro a nova tabela de preços de referência dos combustíveis (Confira abaixo a tabela com os novos valores). A nova tabela estabelece mudanças no preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF). O PMPF serve como parâmetro para a cobrança do ICMS retido pela Petrobras no ato da venda dos combustíveis aos postos.

Com isso, os novos valores de referência devem acarretar um aumento entre R$0,10 e R$0,15 nos preços da gasolina e do diesel em todo país a partir de 16 de fevereiro.

A medida do Confaz é assinada pelo secretário executivo do conselho, Manuel dos Anjos Marques Teixeira.


TEXTO: Lucas Duarte - Editor Chefe
Via Blog Caminhões e Carretas
Mais informações →

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Caminhoneiros planejam protestos nas BRs 101 e 262, durante o Carnaval

Mais manifestações de caminhoneiros estão previstas para os próximos dias, inclusive durante o feriado de Carnaval. A categoria planeja fechar trechos das BRs 101 e 262 em protesto contra o aumento no preço dos combustíveis – principalmente, do óleo diesel – e das tarifas de pedágio, além de reajuste no valor pago pelo frete.

Ao longo desta semana, grupos de caminhoneiros autônomos realizaram protestos em trechos das rodovias federais que cortam o Estado para chamar a atenção a suas reivindicações. A categoria bloqueou partes da BR-101, em Atílio Vivácqua, Viana e Cachoeiro do Itapemirim.

“A gente não quer atrapalhar motoristas de carros pequenos. Vamos paralisar só veículos de carga. A gente não quer causar incomodo a população”, explicou o caminhoneiro autônomo, Bira Nobre Carlos, um dos organizadores. Segundo ele, automóveis, ambulâncias e ônibus não serão impedidos de trafegar nos trechos onde serão realizados os protestos.

As manifestações dos caminhoneiros são para demonstrar a insatisfação com o aumento do preço do combustível, principalmente, no caso da categoria, do óleo diesel, da tarifa de pedágio e por reajuste no preço do frete.

“O frete, há muito tempo, não é reajustado”, frisou. De acordo com ele, antes os caminhoneiros ficavam com 50% do valor do frete para sustentarem suas famílias, além de realizar a manutenção e abastecimento do caminhão. Agora, conta ele, o que sobra a categoria é cerca de 20% para arcar com essas despesas.

Sindicatos não participam 
O superintendente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Estado (Transcares), Mário Natali, explicou que o sindicato reconhece e compreende as reivindicações dos caminhoneiros autônomos, mas que “não apoia a paralisação das nossas estradas”.

De acordo com ele, é preciso buscar alternativas para construir soluções para esses problemas enfrentados pelos caminhoneiros, como insuficiência logística e falta de locais para descanso dos caminheiros (conforme prevê a legislação) e que o sindicato tem conversado com o Governo Federal. Natali revelou que estudos estão sendo realizados e que há previsão de aumento no valor do frete entre 12 a 15%, por conta do reajuste no combustível. “A vida de um caminhoneiro é bastante difícil”, frisa ele.

Já a União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) informou que não foi informada sobre essas paralisações e que também não está participando das manifestações.

ES Hoje
Mais informações →

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Posso rebaixar o meu caminhão?

Alterar a altura dos eixos pode comprometer a vida útil de qualquer veículo, mas no caminhão isso vai além, pois pode causar acidentes nas estradas — sem mencionar a possibilidade de danificar toda a carga transportada —, razões de esta ser uma prática não recomendada.

Normalmente, quando há alguma modificação no veiculo é para aperfeiçoar e melhorar o seu desempenho ou para solucionar problemas aerodinâmicos. Porém, quem faz estas mudanças e pretende continuar com as características originais do caminhão, que é fazer o transporte de carga, precisa ficar atento às consequências.

O caminhão passará por uma verdadeira “cirurgia”, para alcançar os parâmetros de rebaixamento. Não são apenas os eixos que são encurtados, mas todo o conjunto de molas, além do cardam, que se altera naturalmente por causa das molas rearranjadas. A parte de escapamento também é atingida. Somando todas as mudanças, temos como resultado um dano estrutural no compartimento de carga do caminhão. Apesar de não haver uma estimativa sobre a diminuição da vida útil do caminhão, se o uso contínuo for mantido com o mesmo peso de carga e a mesma velocidade, talvez não chegue do ponto A ao ponto B sem problemas. Se neste caminho houver uma lombada, uma valeta ou qualquer outro tipo de obstáculo típico de estradas, talvez o caminhão não consiga superar a barreira. Na mais suave das hipóteses, pode até mesmo quebrar a suspensão. Na pior, perder o controle da direção.

O caminhão precisa da distância dos eixos e da altura das molas para poder trafegar sem comprometer a carga, o veículo ou o motorista. Com o rebaixamento, uma série de novos cálculos deve ser feito, para garantir que as alterações não afetem o desempenho do caminhão e nem comprometam a segurança no trânsito. O veículo não suportará carregar a mesma quantidade que transporta quando é original de fábrica.

CLIQUE NA IMAGEM PARA AUMENTAR
No geral, tais alterações são muito mais estéticas do que técnicas. E deve-se prestar atenção neste quesito para não se ter dores de cabeça no futuro. Mas se mesmo com todos os alertas, você ainda quer um caminhão rebaixado, use-o como hobby ou vá para as pistas de Trai Racing, onde existe (e é comum) a prática de rebaixar os veículos competidores — nestes, não vão carga. Para o dia-a-dia, evite alterar radicalmente as propriedades de fábrica do seu caminhão. Isso comprometerá o desempenho, podendo até perder trabalhos por conta disto.

Pastre
Mais informações →

BNDES divulga novas alterações do PSI e Procaminhoneiro

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou circulares comunicando aos agentes financeiros regras e alterações no Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e do Programa de Financiamento a Caminhoneiros (Procaminhoneiro). Nos documentos, o BNDES informa a alteração nos programas para possibilitar, nos financiamentos a ônibus, caminhões e carretas, entre outros, a ampliação da participação máxima do banco de fomento para até 90%. Antes, o limite era de até 50% para grandes companhias e de até 70% para micro e pequenas empresas e caminhoneiros.

A diferença agora é que a parcela que exceder os 50% ou os 70%, que pagam as taxas normais do PSI e do Procaminhoneiro, terá incidência de uma taxa "fixa" de juros, a ser divulgada periodicamente pelo BNDES. A taxa "fixa" que vigorará entre 5 e 28 de fevereiro será de 17,24% ao ano, para os beneficiários que tenham renda anual inferior ou igual a R$ 90 milhões, e de 15,74%, para aquelas cuja receita bruta anualizada supera R$ 90 milhões.

Na circular que trata especificamente do Procaminhoneiro, o BNDES também divulga outras alterações no programa. Entre elas, a alteração do prazo total dos financiamentos para 96 meses, incluindo o prazo de carência de até 6 meses, e a alteração da dotação de financiamentos com taxa de juro fixa para o equivalente a R$ 1,4 bilhão.

Setor comemora
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) comemorou as circulares divulgadas. Para o presidente da entidade, Luiz Moan, a divulgação deve aquecer as vendas de caminhões, que encerraram janeiro com quedas de 44% ante dezembro e de 28,8% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Isso porque as instituições financeiras só podem começar a operar as regras dos programas a partir da divulgação desses comunicados. O atraso na publicação dessas regras praticamente paralisou as vendas de caminhões, o que levou algumas empresas a começarem a lançar, nos últimos dias, pacotes próprios de financiamentos às vendas por meio de seus bancos.

Frota & Cia
Mais informações →

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Os 10 trechos de estradas mais perigosos do Brasil

São Paulo – Os primeiros 10 quilômetros dos quase 2 mil de extensão da BR-122, que se estende de Fortaleza (CE) até Marabá (PA), foram palco do maior número de acidentes graves em rodovias federais entre agosto de 2013 e julho de 2014.

Ao todo, 168 acidentes graves aconteceram no trecho deixando um saldo de 204 feridos e 9 mortos, segundo levantamento da Polícia Rodoviária Federal.

Em pelo menos cinco pontos da BR-101 nos estados do Espírito Santo e Santa Catarina, 50 pessoas perderam a vida em acidentes no mesmo período. A rodovia é a que mais aparece no ranking de estradas mais perigosas do Brasil, segundo o levantamento.

No ano passado, em todo o Brasil, mais de 8,2 mil pessoas foram vítimas de acidentes graves nas rodovias federais. Só no Carnaval 2014 foram 155 mortes.

Veja, nas fotos, os trechos de estradas federais onde mais acidentes graves aconteceram entre agosto de 2013 e julho de 2014.

BR-222 - Ceará


KM: 0-10          Acidentes graves: 168          Feridos graves: 204          Mortos: 9


BR-101 - Santa Catarina

KM: 200-210          Acidentes graves: 130          Feridos graves: 139           Mortos: 6


BR 101 - Espírito Santo

KM: 260-270          Acidentes graves: 115          Feridos graves: 138          Mortos: 11


BR- 316 - Pará

KM: 0-10          Acidentes graves: 90          Feridos graves: 94          Mortos: 9


BR-101 - Espírito Santo

KM: 140-150         Acidentes graves: 89           Feridos graves: 88          Mortos: 12


BR-262 - Espírito Santo

KM:  0 - 10          Acidentes graves : 83          Feridos graves : 93          Mortos: 3


BR-101 - Santa Catarina

KM: 210 - 220          Acidentes graves: 79        Feridos graves: 79         Mortos: 12


BR-316 - Piauí

KM:  0 - 10          Acidentes graves: 74          Feridos graves : 76          Mortos: 9


BR-343 - Piauí

KM: 340 - 350          Acidentes graves: 73          Feridos graves: 80          Mortos: 6


BR-101 - Espírito Santo

KM: 290 - 300          Acidentes graves: 65          Feridos graves: 69          Mortos: 9



Mais informações →

Scania começa a testar caminhões autônomos em vias públicas

Holanda - A Scania começou a fazer testes em via públicas com seus caminhões autônomos. Para o primeiro teste a Scania convidou a Primeira-Ministra de infraestrutura Melanie Schultz van Haegen, que mostrou grande entusiamo por ter gostado dos resultados


Os caminhões autônomos Scania têm a capacidade de seguir de forma exata um líder, ou seja, em um comboio com 3 caminhões, o primeiro é o líder, conduzido pelo motorista, o segundo e o terceiro seguem eletronicamente tudo que o primeiro caminhão faz, mantendo a mesma velocidade, assim como o controle dos freios e distância entre os caminhões.

Diferentemente do Brasil, a Europa tem avançado muito em questão de segurança no trânsito, o objetivo dos caminhões autônomos é reduzir o número de acidentes e até melhorar a vida do motorista, como? Quando você está seguindo o líder, o caminhão mantêm a velocidade e a direção automaticamente, sendo assim, você não precisa ficar com as mão no volante ou ficar acelerando, o que abre uma janela para descanso, ou até mesmo, outras tarefas como checar seus e-mails ou rotas da viagem. Acredita-se que até 2020 esses caminhões sejam comercializados normalmente.

Adeus motorista?
Não. Muitas pessoas geram certo preconceito contra esses veículos autônomos. A ideia não é reduzir o número de motoristas. Esses veículos conseguem viajar sozinhos na estrada, porém eles não conseguem estacionar ou fazer manobras para a carga e descarga, além do mais, podemos pensar dessa forma: Um avião pode muito bem levantar voo ou pousar sem piloto, mas você andaria em um avião sem piloto? Com certeza não, e todo avião tem sua tripulação, assim será com os caminhões, podem andar sozinho, mas o motorista ainda estará lá.

Com informações de Mídia Truck Brasil
Mais informações →

Câmara aprova isenção de pedágio para eixos suspensos dos caminhões

A Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira a votação do projeto de lei dos caminhoneiros, que aumenta o período que os motoristas profissionais podem conduzir veículos de carga sem descanso. Empresas de transporte pressionavam pela aprovação desde 2012, quando foi aprovada lei para reduzir a jornada com o objetivo de evitar acidentes.

O texto-base do projeto foi aprovado em julho do ano passado, mas faltava concluir a votação dos destaques, o que ocorreu só agora devido ao trancamento da pauta e eleições. Os deputados aumentaram o tempo máximo ao volante de quatro para cinco horas e meia contínuas dos motoristas profissionais.

A cada seis horas ao volante, o motorista terá que descansar meia hora. Atualmente, a CLT determina que o descanso será de uma hora a cada seis trabalhadas, com no máximo duas horas extras. O projeto flexibiliza o limite com o argumento de que o motorista precisa chegar a um local seguro para repousar, e com isso a jornada máxima foi aumentada para oito horas, com duas horas extras, que podem chegar a quatro se for aprovado por convenção coletiva.


Os deputados aprovaram ainda destaque para retornar ao projeto a isenção de pedágio para os eixos suspensos dos caminhões. O texto teve a posição contrária do governo, que saiu derrotado na votação por 202 votos a 89, mas, segundo parlamentares, há grandes chances de ser vetado pela presidente Dilma Rousseff.

Também foi incluída novamente a permissão para que os veículos de transporte de carga e de passageiros tenham uma margem de tolerância ao serem pesados, de 5% sobre o peso bruto total e 10% sobre os limites de peso bruto transmitido por eixo de veículos à superfície das vias públicas, para evitar multas por sobrepeso.

Extra
Mais informações →

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

GREVE: O caminhoneiro é o único que pode mudar a própria situação

Nos últimos dias temos visto diversas notícias de greves isoladas de caminhoneiros estourando pelo Brasil. De acordo com o que se vê nas redes sociais, o movimento de greve deve crescer muito nos próximos dias. Mesmo que ainda sejam paralisações isoladas, as reivindicações são sempre as mesmas, e duas delas ecoam com mais força: custo do combustível e o baixo valor do frete.

O transportador brasileiro, tanto empresário quanto autônomo, acabou se rendendo ao mercado e, por causa da grande concorrência, perdeu muito no valor do frete. Muitas vezes, para não perder uma carga ou um contrato, o valor do frete é pequeno, e isso gera um ciclo vicioso que faz com que o frete esteja sempre mais baixo. Diferente do preço do combustível, que sofre aumentos constantes, como o reajuste no início do mês, e que pode aumentar ainda mais, visto os prejuízos da Petrobrás.

Desde 2013 vemos a indignação popular saindo do bate-papo e ganhando as ruas. Neste ano, nas redes sociais, são dezenas de grupos se organizando em protestos, principalmente contra os governos federal e estadual por causa de educação, saúde e segurança, aumento de impostos e outros.

Com os caminhoneiros não é diferente. Esse último aumento do preço do combustível foi o estopim do que poderá ser a maior greve do transporte rodoviário do país, porque muitos caminhoneiros almejavam uma greve há anos, pelas mesmas duas razões deste ano: preço dos combustíveis e valor dos fretes.

O transporte rodoviário é uma das engrenagens motrizes do país. Pelo menos 60% de tudo o que é produzido é transportado por rodovias até chegar ao consumidor, e essa é uma realidade que não pode ser mudada a curto e médio prazo. O caminhão vai continuar sendo a potência no transporte por muitos anos ainda, por faltas de investimentos em ferrovias, hidrovias e outras formas de transporte.

Com essa força na economia do país, qualquer alteração nos custos do transporte é sentida imediatamente no bolso do cidadão, que depende do transporte rodoviário para comer, vestir e fazer tudo o que faz.

Infelizmente os caminhoneiros, mesmo sabendo da força que tem, não conseguem se unir, encontrar um ponto comum onde possam se apoiar, não conseguem uma voz para se fazerem escutar. Um representante dos caminhoneiros, que se entregasse a causa dos caminhoneiros e não se vendesse por nenhum valor, seria o primeiro passo para conseguir se fazer com que o caminhoneiro fosse ouvido pelo governo e pela sociedade. Os sindicatos, que deveriam se fazer a voz dos trabalhadores, acabam sendo omissos no caso dos caminhoneiros, que dizem não se sentir representados por essas entidades.

É grande a necessidade de uma greve dos transportes. O caminhoneiro é o trabalhador que mais morre, que tem menos segurança, e trabalha em condições muito indignas, além de ter que pagar do próprio bolso os prejuízos que lhe são causados diariamente nas estradas.

A greve é necessária, e pode realmente acontecer. Só vai depender do caminhoneiro parar seu caminhão, e de forma pacífica e direta, se fazer ouvir pelos governantes. Por isso, converse, se organize, pare seu caminhão se achar necessário, mas nunca deixe de lutar pelos seus direitos!

Texto: Blog do Caminhoneiro
Mais informações →

Cinco cuidados que você deve ter com o pneu do caminhão

Todos nós sabemos que o pneu do caminhão merece um cuidado especial. Porém, muita gente não sabe quais são esses cuidados. E foi pensando nisso que o Blog da Iveco listou cinco cuidados que todo estradeiro deve ter com os pneus do caminhão.

1) Manutenção
A quilometragem dos pneus pode sofrer interferência de diferentes componentes mecânicos levando ao desgaste prematuro dos pneus. Lembre-se que os freios, molas, rolamentos, eixos, suspensão e rodas agem diretamente sobre os pneus e precisam sempre de manutenção.

2) Balanceamento
A falta de balanceamento causa desconforto ao dirigir, perda da tração, de estabilidade e desgastes nos pneus. Por este motivo, os motoristas devem balancear as rodas sempre que surgirem vibrações ou a cada revisão.

3) Alinhamento
desvios mecânicos podem causar o desgaste dos pneus prematuramente. É recomendável alinhar o caminhão quando sofrer impactos na suspensão, desgastes irregulares, substituição dos componentes da suspensão, se o caminhão estiver puxando para um lado ou a cada revisão.

4) Calibragem dos pneus
Esquecer de calibrá-los pode trazer sérias consequências. A baixa pressão dos pneus acelera o desgaste, aumenta o consumo de combustível, contribui para perda de estabilidade em curvas, deixa a direção pesada, provoca rachaduras e quebras no circunferencial da carcaça e desgasta a rodagem dos terminais de direção.  Bater os pneus traseiros é uma pratica diária, porém a checagem de calibragem deve ocorrer semanalmente.

5) Rodízio
O rodízio é indicado para compensar a diferença de desgaste dos pneus. Esse rodízio proporciona durabilidade, eficiência e estabilidade para o caminhão.

Você tem esses cuidados com os pneus do seu caminhão?


Blog da Iveco
Mais informações →

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Frete deve valorizar entre 13% a 15% após aumento do diesel, estima Setcergs

Na última quinta-feira (05), as lideranças do setor estiveram reunidas na sede da Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística (NTC& Logistica), em São Paulo, para avaliarem o impacto do aumento do diesel nos frete, já que as transportadoras não têm condições de absorver o reajuste deste insumo que representa 37% dos custos totais dessa atividade.  A divulgação oficial dos índices para a recomposição das tarifas será feita no próximo dia  26 de fevereiro, durante o primeiro CONET & Intersindical, que acontecerá em Salvador.  A estimativa do Setcergs é que o frete deve subir entre 13% a 15%.


O informativo “Economia em Foco” divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) na semana passada destaca os impactos provocados no setor pelo aumento da carga tributária sobre combustíveis. A expectativa era que o  litro do diesel ficaria, pelo menos, R$ 0,15 mais caro. Porém, a realidade verificada nos postos é de um aumento de R$ 0, 25 a R$ 0,30.

A elevação nesses patamares se deve ao aumento da alíquota do PIS/Cofins (Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), já a partir de fevereiro. Depois, em maio, haverá redução do percentual do PIS/Cofins e será retomada a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), mantendo a taxa de aumento no preço dos combustíveis.

Fonte: Setcergs
Mais informações →
Postagens mais antigas Página inicial

Facebook

Casa do Caminhão

Auto Peças Marcelo

Visitas

Total de visualizações